O fenômeno não atinge somente os famosos Body shaming é uma expressão que, traduzida ao português, poderia ser definida como “vergonha do nosso corpo”. Trata-se de uma conduta que consiste em criticar os defeitos físicos das pessoas, com comentários que podem ferir quem os recebe.
Esta tendência de tirar sarro do corpo dos outros surgiu há tempos no mundo das celebridades, atrizes e atletas famosos, que, através de suas redes sociais, eram julgadas por seus seguidores quando ganhavam peso ou eram fotografadas em ângulos pouco favoráveis, ressaltando o que muita gente considerava como “defeito”. Surgiam, assim, os ataques verbais como “gorda”, “baleia”, “poço de celulite”, entre tantos outros comentários desrespeitosos.
Uma das muitas consequências do body shaming é o desejo de querermos mudar certas partes do nosso corpo que nos desagradam e que nos deixam inseguros depois de ouvirmos as opiniões dos outros.
Você aceita seu corpo ou insiste em mudá-lo?
A publicidade, as tendências e moda exercem suas influências e nos vendem a ideia de que o nosso objetivo deve ser perseguir o corpo perfeito e valorizarmos o nosso físico, não a nossa maneira de ser e o nosso comportamento.
Mas sabemos que o nosso maior bem está em nosso interior mais profundo. Se estivermos certos disso, seremos muito menos vulneráveis a quaisquer críticas e à percepção que temos de nós mesmos.
O fato, entretanto, é que qualquer pessoa pode sofrer o body shaming por parte de seus amigos nas redes sociais, sendo alvos de críticas, agressões e piadas. As mulheres com sobrepeso ou massa muscular maior, assim como quem rompe com as regras de beleza (ser magra e fit), são as maiores vítimas deste fenômeno desrespeitoso.
Ter a meta de conseguir o corpo feito é uma utopia. Se nos fixarmos nesta expectativa irreal, o mais provável é que vivamos uma frustração constante e acabemos tendo sérios problemas emocionais.
Por outro lato, se aceitarmos que todas as pessoas têm defeitos e virtudes – tanto físicas quanto psíquicas – conseguiremos ficar em paz com nós mesmos. A aceitação de qualquer condição física nos faz bem e, com isso, conseguimos oferecer uma boa – e real – versão de nós às pessoas que nos rodeiam.