Dois imponentes testemunhos de amor filial por pais que superaram preconceitos e limitações para criar filhos maravilhososPara muitas pessoas, pode soar surpreendente que um homem com a Síndrome de Down seja pai de família, já que, de fato, é uma situação excepcional: a maioria dos homens com essa condição é estéril. Além disso, muita gente não sabe que um homem com a síndrome pode, sim, casar-se, gerar filhos e ser um ótimo pai!
Este é o caso, por exemplo, do sírio Jad Issa e do filipino Richard Castillo, cujas histórias inspiradoras você vai acompanhar agora:
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Richie Anne, das Filipinas, filha de Richard:
“Quero que o mundo inteiro saiba o quanto estou orgulhosa por você ser meu pai”
Richard Castillo tem sorriso constante, abundância de afetividade e uma resiliência extraordinária, que foi crucial para que ele enfrentasse cirurgias, diálises, preconceitos e as limitações impostas pela síndrome de Down. Em junho deste ano, sua jovem filha Richie Anne Castillo fez questão de compartilhar nas redes sociais o quanto se sente privilegiada pelo fato de ter Richard como pai:
“Eu sou forte e corajosa por causa de você e te amo muito, pai. Quero que o mundo inteiro saiba o quanto estou orgulhosa por você ser meu pai. Você é lindo por dentro e por fora”.
Na ocasião, a família celebrava os 50 anos de Richard. Milhões de internautas do mundo todo se comoveram como o testemunho de amor entre pai e filha e com a história de preconceitos encarada e superada por Richie desde a escola primária.
“Eles diziam que você era diferente e eu não entendia por que tiravam sarro de mim e me chamavam de anormal”.
O preconceito, porém, não foi páreo para a coragem de Richard, que passa dias no centro de diálise para melhorar as funções renais, sofre episódios frequentes de hipoglicemia e sente muita dor. Mas ele não se queixa e não tem medo.
“Pai, você é o ser humano mais forte que eu conheço. Você merece amor, compreensão, paciência e aceitação como qualquer indivíduo com síndrome de Down. Como eu queria ficar no seu lugar para que você não sentisse mais nenhuma dor!”
A postagem, que ainda elogia o pai pela inteligência e por sair de casa sempre sorrindo, tocou fundo o coração de muita gente. Um internauta respondeu ao testemunho de Richie:
“É preciso ter um coração valente e grande para escrever o que você escreveu aqui”.
Richie finalizou suas palavras agradecendo ao pai:
“Obrigada por me chamar sempre de sua primeira e única menina, porque eu sou e sempre serei!”
https://www.facebook.com/richieannecast/posts/10219066476708370
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Sader Issa, da Síria, filho de Jad:
“Criança que cresce no colo de um pai com síndrome de Down tem todo o amor e ternura que alguém poderia ter”
Pensar na Síria, hoje, é pensar em guerra, destruição, horror. Mas é de lá Síria, porém, que nos vem esta história impactante de humanidade – especialmente impactante quando se sabe que, no Ocidente “civilizado”, 65% das crianças com síndrome de Down são abortadas na Noruega, 90% no Reino Unido, 95% na Espanha e chocantes 100% na Islândia.
O sírio Sader Issa, estudante de odontologia, declara que a sua realização e felicidade se devem ao apoio que sempre recebeu dos pais, uma afirmação que ganha força quando ele acrescenta que o seu pai, Jad Issa, tem síndrome de Down.
Em vídeo compartilhado no Facebook, o estudante sírio afirma que é justamente a síndrome de Down do seu pai um dos fatores que mais contribuíram para que ele se tornasse o homem que é hoje.
“Uma criança que cresce no colo de uma pessoa com síndrome de Down tem todo o amor e ternura que alguém é capaz de oferecer!”
Para ele, o amor genuíno oferecido pelas pessoas com a síndrome fomenta maior equilíbrio emocional e social para quem recebe esse amor tão real. Jad sempre deu o seu melhor no trabalho e no cuidado da família. Ele é casado há cerca de 20 anos com a mãe de Sader, que não tem a síndrome. Seu casamento, segundo o filho, é “igual a qualquer outro“, com divergências superadas pelo amor e pela humildade. Jad sente orgulho de falar da família e Sader sente orgulho de apresentar o pai a todas as pessoas que conhece.
“É como se ele estivesse dizendo: ‘Tenho síndrome de Down, mas criei o meu filho e fiz de tudo para ajudá-lo a se tornar alguém que trata bem as pessoas. Tenho orgulho dele’. Para ele, manter relações sociais é simples, porque ele ama a todos e por isso é tratado com respeito pela nossa comunidade”.
Sader tem apresentado a própria história para defender a vida dos bebês em gestação nos quais é diagnosticada a síndrome de Down – uma verdadeira sentença de morte em países “civilizados” e “progressistas” como os listados alguns parágrafos acima.
“Para muita gente, uma mulher estar grávida de um bebê com síndrome de Down pode ser o pior cenário possível. Muitas pessoas recorrem ao aborto. Mas se a minha avó tivesse essa mesma ideia, eu não estaria aqui”.
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