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Por que você não deve dar um celular para o seu filho(a)

DZIECKO Z TELEFONEM
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Jim Schroeder - publicado em 24/02/21
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Uma carta de um pai psicólogo para sua filha em idade escolarMinha querida filha,

Como você está chegando ao Ensino Médio, quero primeiro dizer o quanto eu amo você e como é emocionante vê-la crescer. É difícil acreditar que em poucos anos você estará vivendo por conta própria. Só espero que o que sua mãe e eu fizemos, e faremos, prepare você para o mundo emocionante e desafiador que está por vir.

Como parte de nossas discussões em andamento, sei que uma das coisas que você continua desejando é ter seu próprio celular. Claro, com todos os seus amigos exibindo seus smartphones e tantas coisas acontecendo online, eu não te culpo nem por um segundo por querer um.

Falamos sobre todas as pesquisas relacionadas a problemas graves com os jovens e seus celulares, incluindo os riscos do sono, atenção, seu estado emocional, vida espiritual, habilidades sociais e muitos outros fatores que me preocupam muito, especialmente ao saber que os pais estão colocando dispositivos as mãos de jovens que simplesmente não estão preparados para o que pode acontecer por meio dessa tecnologia.

Mas, além de tudo isso, quero que você saiba que sua mãe e eu queremos algo ainda mais para você no que se refere a essa difícil decisão. E é isso – liberdade.

Você pode pensar: “Não me dar um celular me daria a liberdade que eu quero?” Novamente, entendemos por que você pode perguntar isso. Mas deixe-me explicar a liberdade de que estou falando.

É a liberdade de distrações desnecessárias

Claro, todos nós vamos ficar distraídos às vezes, mas o que estou descrevendo é o zumbido constante e as tentações que tantos de seus colegas estão experimentando a cada minuto do dia. Como você e eu discutimos, depois que você tem um celular, essas distrações nunca te deixam. No entanto, o que mais me preocupa é que os estudos mostram que, para muitos que vivenciam esse tipo de estímulo constante e excessivo na juventude, eles lutam para se concentrar e prestar atenção de maneiras que são mais necessárias por muitos anos até a idade adulta.

É a libertação da dependência

Falei com muitos adolescentes da sua idade e todos eles dizem a mesma coisa: eles não sabem o que fariam se não tivessem seus celulares. Mesmo em poucos anos (ou mesmo meses), eles dizem que se tornaram tão dependentes de seus telefones que não conseguem se imaginar funcionando sem eles. Seja para encontrar o caminho para um novo lugar, se comunicar com outras pessoas ou até mesmo lidar com momentos incômodos e entediantes, eles precisam de seus telefones ou se sentem perdidos.

É liberdade de ansiedade excessiva

Assim como o telefone pode criar dependência, ele também pode criar ansiedade que não é bom para você (e os outros). Percebo que parte dessa ansiedade vem com o excesso de estímulo daquilo que o telefone permite que você faça. Mas, como você e eu sabemos, seus colegas passam tanto tempo preocupados com a forma como as outras pessoas vão responder às suas postagens e bate-papos que ficam em sala de aula lendo a última postagem ou texto, ou se preocupam com o que encontrarão em seus telefones quando o sinal tocar. Isso torna muito mais difícil para eles se concentrar no que estão fazendo no momento.

É a liberdade de expectativas prejudiciais

Anos atrás, eu estava sentado em um seminário conversando com alguns alunos do Ensino Médio e fiz a eles uma pergunta que já havia feito muitas vezes. Simplificando, perguntei-lhes se alguma vez desligaram seus telefones. Esses alunos olharam para mim e disseram que “podiam”, mas nunca “fariam”. E a razão é que, se o fizessem, eles não apenas se preocupariam por terem perdido algo importante, mas que os outros se perguntariam por que eles não responderam imediatamente. Como tantos outros adolescentes, eles confessaram que, se você tem um telefone, a expectativa é que responda o mais rápido possível, caso contrário, algo está errado (com você ou com eles). Na minha opinião, isso é simplesmente pressão demais para você ter neste momento da vida.

É a liberdade de tentação e exploração

Em meu consultório, várias vezes ao longo dos anos, uma adolescente como você – de família estável, amorosa e fiel – descreveu para mim como foi pressionada ou apenas solicitada a enviar fotos nuas para um menino. Todas elas sabiam que isso era errado. Todas sabiam que, apesar de se sentirem entusiasmadas com o fato de o menino as ver atraentes, elas se arrependeriam da decisão. E elas se arrependeram, mesmo anos depois de acontecer.

Nos melhores cenários, essas fotos nunca foram compartilhadas (até onde elas sabem) com ninguém. Na pior das hipóteses, as fotos eram repassadas ​​para os amigos do menino e muitos outros, ou usadas ​​como chantagem para conseguir ainda mais nudes delas. E em todas as situações, essas meninas se preocuparam por muito tempo sobre onde as fotos (e vídeos) poderiam acabar. Sempre existiram tentações de se comprometer e ser potencialmente explorada. Mas os smartphones transformaram isso em algo que acontece instantaneamente, todos os dias.

Decisão difícil

E, finalmente, se tudo isso não for suficiente, o que mais queremos é que você tenha a liberdade de viver como Deus deseja que você viva. Entendemos que não ter um celular é difícil (e constrangedor) para você em alguns aspectos, e lamentamos que a sociedade apoie uma prática que não é a melhor para você e seus amigos.

Mas não importa o que esteja acontecendo, queremos que você tenha a liberdade de ouvir o chamado de Deus, não importa onde isso te leve a cada dia. Sei que ter um telefone não significa que você ainda não possa ouvir e seguir o chamado de Deus. Mas assim como as sementes (como na parábola) que caem em solo fértil têm mais probabilidade de crescer do que outras, acreditamos que decisões difíceis como essa darão a você a melhor chance de crescer e se tornar a mulher que você foi chamada para ser.

Compreendemos a frustração que você possa sentir em relação a essa decisão, mas saiba que estamos fazendo o que acreditamos ser o melhor. E esperamos que, à medida que você continue a crescer, você também continue a ser livre. Nós te amamos e estamos muito orgulhosos de você.

Com amor,

Pai


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