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Como o Caminho de Santiago ajudou esta jovem a vencer o luto

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Silvia Lucchetti - publicado em 03/12/21
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O Caminho de Santiago de Compostela foi uma trilha de renovação e cura diante da dor pela perda da mãe

Esta história é como um pequeno facho de luz. Não é um testemunho dramático — nada extraordinário ou surpreendente — mas é repleta do sentimento mais puro. É a história de como uma italiana de 25 anos, chamada Carolina, fez o Caminho de Santiago para superar a dor do luto após perder sua mãe.

Caminho de renovação

Carolina escreveu no grupo público do Facebook Camino di Santiago: “Eu estava ‘morta’ até então, mas a minha caminhada me trouxe de volta à vida.”

Em agosto, Carolina decidiu fazer a peregrinação a Santiago. Era o primeiro aniversário da morte de sua mãe.

Ela escreveu no Facebook:

Aqueles que partem na jornada carregam esperança em seu coração

Perder a mãe, para uma jovem, significa um tipo particular de solidão. De repente, ela se viu só, já crescida, mas sentindo-se abandonada.

O Papa Francisco disse uma vez que “uma cristã sem Nossa Senhora é órfã”. Eu gostaria de poder dizer a Carolina que ela não está realmente sem mãe, já que Maria é a mãe de todos nós.

Mas este é o aspecto que mais me impressiona: em vez de deixar o luto sufocá-la, de se fechar em sua casa, Carolina começou uma jornada.

A peregrinação sempre alimenta o fogo interior, mesmo que nosso ânimo esteja fragilizado. Um peregrino(a) é alguém que têm esperança. Caminhar nos leva a olhar para frente, a perceber a vista e a natureza, a conhecer outras pessoas — mas acima de tudo conhecer a si mesmo.

“Agora eu entendo o amor que me cerca”

Carolina escreveu no Facebook:

COMPOSTELA

O Caminho de Santiago e a superação da dor

Ela continua:

Carolina reconhece que precisou se encontrar e aprender a amar a si mesma novamente.

Ou seja, aceite a si mesmo, aceite até mesmo as coisas que você não gosta em si mesmo: as limitações, as falhas. Assim como uma mãe faz com seus filhos. E aceite sua própria história também, incluindo os eventos ruins e incompreensíveis que você gostaria de apagar, sem se deixar prender na teia da dor.

COMPOSTELA

“Eu trouxe minha mãe comigo”

Carolina conclui seu post assim:

E, de fato, as fotos provam isso; durante várias etapas da peregrinação, Carolina mostra seu sorriso mais bonito enquanto segura em suas mãos uma foto de sua mãe. De fato, quem amou e foi amado(a) nunca será verdadeiramente órfão.

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