Em uma breve carta divulgada em 8 de fevereiro, o Papa Emérito Bento XVI dá mais uma resposta ao relatório sobre abuso sexual na Arquidiocese de Munique, na Alemanha, e reafirma a sua inocência.
A carta tem várias reflexões profundas e inclui uma breve observação sobre a preparação de Bento XVI para a morte.
Sua reflexão pode nos ajudar em nossa própria preparação para o dia em que nos apresentaremos diante do Criador.
Bento XVI, de 94 anos, escreve:
"Em breve me encontrarei perante o último Juiz da minha vida.
Embora ao olhar retrospectivamente a minha longa vida possa ter tantos motivos de susto e medo, todavia estou com o coração feliz porque confio firmemente que o Senhor não é só justo juiz, mas simultaneamente é o amigo e o irmão que já padeceu, Ele mesmo, as minhas deficiências e, consequentemente, ao mesmo tempo é juiz e meu advogado (paráclito).
Na perspectiva da hora do juízo, como se me torna clara a graça de ser cristão!
O ser cristão dá-me o conhecimento, mais ainda, a amizade com o juiz da minha vida e permite-me atravessar com confiança a porta escura da morte."
Esta, de fato, não foi a primeira vez que Bento XVI aborda a questão da proximidade da morte e como ele se prepara para este momento. Em 2021, na ocasião da morte de um amigo, o Papa Emérito, escreveu que esperava unir-se logo aos amigos que estavam no Céu.
Na época, o secretário particular de Bento XVI, Mons. Georg Gänswein, explicou que, apesar de se preparar para a morte, o pontífice não perdeu a vontade de viver: