Quase mil crianças foram mortas ou feridas em 6 meses de guerra na Ucrânia, segundo Catherine Russel, diretora geral do Unicef.
A declaração foi tema de reportagem do Vatican News, que especificou que, desde o início do conflito, foram 356 crianças mortas e 586 feridas. Das que morreram, 16% tinham menos de 5 anos.
A média é, portanto, de mais de 5 crianças mortas ou feridas a cada dia. "E esses são apenas os números que as Nações Unidas puderam verificar: acreditamos que o número real é muito maior", acrescenta Catherine Russel.
Além disso, estima-se que 3,1 milhões de crianças ucranianas foram forçadas a se refugiar em países vizinhos ou a se deslocar dentro da Ucrânia, com o agravante do risco de serem separadas da família ou sofrerem violências, abusos e até mesmo se tornarem vítimas do tráfico humano.
A guerra também prejudica drasticamente a formação das crianças, já que o sistema escolar ucraniano foi devastado. Escolas chegaram a ser alvos de ataques, o que leva muitos pais a deixarem de enviar os filhos para as aulas. A ONU calcula que 10% das escolas foram danificadas ou destruídas no país.
O portal vaticano repudia em especial o fato de que o maior número de mortes entre as crianças se deveu a armas explosivas usadas em áreas povoadas, como Luhansk, Mariupol, Kremenchuk e Vinnytsia. E registra: "Como em todas as guerras, as decisões dos adultos impactam na vida das crianças, expondo-as a um risco extremo. Não existem operações armadas desse tipo que não envolvam o ferimento de crianças".
