O popular milagre da liquefação do sangue de São Januário já ocorreu duas vezes este ano, das três em que é esperado: o primeiro domingo de maio, a festa litúrgica do santo (19 de setembro) e, ainda por vir, o dia 16 de dezembro, data que recorda o milagre de 1631, quando, pela intercessão de São Januário, evitou-se uma tragédia após a erupção do vulcão Vesúvio.
Neste último dia 19, a confirmação do milagre foi anunciada às 9h27, pelo horário italiano.
O sangue de São Januário é custodiado em estado sólido num relicário da catedral de Nápoles. O fenômeno da sua liquefação tem sido registrado desde nada menos que o ano de 1389, quando foi testemunhado pela primeira vez. Desde então, nunca se chegou a nenhuma explicação científica sobre o caso.
O milagre não é reconhecido oficialmente pela Igreja, mas é extremamente popular e aguardado localmente. Quando acontece, os fiéis o consideram bom sinal para Nápoles e para a região da Campânia.
Já quando não ocorre, é interpretado popularmente como sinal de que algo ruim está para acontecer. De fato, para mencionar alguns exemplos, o sangue do santo não se liquefez em alguma das três datas de anos difíceis como:
Um alerta do arcebispo
É justamente sobre os supostos "maus presságios" da não-liquefação que o arcebispo de Nápoles fez um alerta neste dia 19.
Dom Domenico Battaglia reforçou, na sua homilia, que não se deve tratar supersticiosamente o fenômeno, nem ver nele uma espécie de "oráculo". O arcebispo declarou: