Às véspera deste Natal, pelo menos vinte comunidades foram atacadas por bandidos em "ataques bem coordenados" no estado de Plateau, situado no centro da Nigéria, segundo informações do Comitê de Transição do governo local de Bokkos. Pelo menos 198 mortos e mais de 300 pessoas feridas são o trágico saldo confirmado até o momento.
As informações preliminares são de que os ataques partiram dos pastores nômades da etnia fulani, que seguem uma seita muçulmana, e os alvos foram comunidades cristãs. Os brutais ataques dos pastores fulani contra os cristãos na Nigéria se tornaram tão sistemáticos e mortíferos que o grupo representa há anos, juntamente com a organização terrorista Boko Haram, a principal ameaça aos cristãos no país.
Para se ter uma ideia do grau de selvageria desses grupos e dos seus ataques, é importante saber que células do Estado Islâmico também atuam no território, e, apesar da sua famigerada e covarde violência, são menos letais que os pastores fulani.
A perseguição religiosa é tão intensa na Nigéria que um bispo chegou a resumi-la com uma frase chocante:
"Estão matando cristãos como frangos".
Embora o Estado Islâmico não seja hoje o grupo terrorista mais devastador em ação na Nigéria, ainda assim eles também continuam atacando. Em dias recentes, segundo a agência Gaudium Press, jihadistas ligados ao grupo na região nigeriana de Beni assassinaram cinco cristãos e divulgaram em redes sociais a seguinte e estarrecedora mensagem:
"Com a vitória de Alá, os soldados do califado emboscaram os cristãos infiéis na estrada Iringti-Awaya, na região de Beni. Os mujahidin os atacaram com metralhadoras, matando pelo menos três deles e queimando várias casas, carros e motocicletas. Todos os louvores são para Alá".