Os "anjos das nações" têm estado nos noticiários recentemente. E ler sobre eles ajudou a resolver um problema que me incomodou durante toda a minha vida cristã.
“Muitas pessoas de toda a Ucrânia estão se voltando para mim dizendo que viram anjos luminosos sobre a terra da Ucrânia”, disse o líder da Igreja Greco-Católica. Ele pediu a todos que orassem para que os anjos protegessem seu país.
Um anjo para cada nação
São João Paulo II disse que há anjos designados a proteger as nações. “As tarefas dos anjos como embaixadores do Deus vivo se estendem não apenas aos seres humanos individuais e àqueles que têm deveres especiais, mas também às nações inteiras”, disse ele em uma catequese de 1986.
Isso ajuda a responder uma objeção que muitas pessoas têm à Igreja: Se Deus ama a todos, por que Ele alcança apenas alguns?
É uma boa pergunta. Por que Deus escolheria apenas um pequeno grupo de pessoas, os judeus, para revelar seu Nome e sua Lei? E por que ele mostaria a plenitude de sua revelação apenas ao mundo cristão?
O problema se torna ainda mais profundo se você considerar quanto tempo os seres humanos viveram sem a palavra escrita. O estudioso de literatura da Wheaton College, Michael Drout, aponta que se toda a história humana fosse um ano civil, com os primeiros seres humanos aparecendo em 1.º de janeiro e hoje sendo meia-noite de 31 de dezembro, “toda a história da literatura escrita começaria em 30 de dezembro. Todo o resto, todos os 363 dias, seriam uma cultura oral não escrita.”
Pense no que isso significa: quase toda a história do povo judeu aconteceu antes que qualquer coisa pudesse ser escrita.
Claro, a primeira resposta para este problema está na beleza, verdade e bondade da própria Criação. Deus não se esconde da humanidade, mas se revela ao mundo – o que o evidencia como um ser sábio, um artista e um provedor amoroso. Um capítulo inteiro do Catecismo descreve como isso acontece.
Os anjos e os Padres da Igreja
O livro "Os Anjos e sua Missão, Segundo os Padres da Igreja", do cardeal francês Jean Danélou, afirma que o povo judeu recebeu a revelação singular de Deus nas Escrituras, "mas isso não significa que os outros povos que viveram antes da vinda de Cristo foram completamente privados da assistência divina e excluídos de todo o processo de preparação”.
O autor diz que, para muitos dos Padres da Igreja, "qualquer parte da verdade que fosse conhecida pelos povos pagãos e que mais tarde fosse reconhecida e assumida pelo cristianismo, a sabedoria do direito romano, as verdades filosóficas a que Platão e Aristóteles chegaram - tudo isso lhes veio da providência do único Deus agindo através do ministério dos anjos."
Como disse o Padre da Igreja Pseudo-Dionísio, o Areopagita, do século V: “A providência universal do único Deus Altíssimo, para a salvação de todas as nações, confiou-as aos anjos, que as devem conduzir para Deus".
Essa é uma boa notícia para os céticos – e para todos nós.
Outro anjo
Outro anjo protetor de uma nação foi notícia nos últimos anos.
Em 25 de março de 2022, o Papa Francisco se tornou o mais recente de vários papas a responder ao pedido de Nossa Senhora de Fátima para consagrar a Rússia ao Imaculado Coração de Maria.
Ela fez o pedido durante as suas aparições em 1917 a três pastorinhos de Fátima. Mas, em 1916, um anjo apareceu aos mesmos três pastorinhos para preparar o caminho. Ele lhes disse:
Pedindo-lhes que se sacrificassem pelos pecadores, ele ainda declarou:
Enfim, é muito consolador saber que cada nação tem um anjo pronto para protegê-la e guiá-la.