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O mundo seria muito mais duro sem a Igreja: saiba por quê

Papa Francisco na África
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Tom Hoopes - publicado em 07/02/23
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Em todas as épocas, há quem diga que a Igreja está moribunda: mas ela sempre faz parte de um futuro melhor para o mundo

O bispo dom Robert Barron pediu a todos os católicos que convidassem alguém para a Missa este ano.

De fato, está na hora de pararmos de nos "resignar" com a suposta "morte" da Igreja: precisamos colaborar mais com a construção da Igreja, exortou ele.

Para ajudar neste propósito, venho fornecendo razões pelas quais podemos ter esperança na Igreja Católica do século XXI - e orgulhar-nos dela. Hoje, quero compartilhar a relevância dos nossos testemunhos de fé, esperança e amor como Igreja. Afinal, sem o trabalho da Igreja no século XX, o mundo teria se tornado um lugar muito diferente e muito mais duro para todos nós no século XXI.

Nossos testemunhos de fé dão as respostas de que o mundo precisa

Por um lado, a sociedade sofre um aumento da descrença pública em Deus. Por outro, um sem-fim de apostolados e ministérios católicos nos preparam cada vez melhor para darmos respostas sobre os porquês da nossa fé.

Deus fomenta as ajudas de que precisamos para os tempos em que vivemos. Cito exemplos dos Estados Unidos, que é o país de onde escrevo. Tivemos aqui um Fulton Sheen no século XX. Agora temos dezenas: Jennifer Fulwiler ou Matt Fradd, se você quiser uma abordagem mais leve e bem-humorada; o padre Robert Spitzer ou o Thomistic Institute, se você tiver uma inclinação mais científica; Scott Hahn e o St. Paul's Center para um enfoque bíblico; Catholic Vote e Edify! para desafios sociais da atualidade; o Augustine Institute, o Ascension, o Catholic Answers e muitas outras iniciativas para a apologética.

E, claro, a Aleteia está ativa para ajudar a divulgar todas as abordagens acima.

Sempre a tempo de atender às demandas do mundo por respostas, a Providência de Deus nos trouxe algumas das respostas mais convincentes, mais articuladas e mais digeríveis para as perguntas difíceis que nos surgem diariamente, e todas com abordagens adaptadas ao perfil de cada um.

O que significa o fato de que entre os principais podcasts da América do Norte esteja o de um padre que lê a Bíblia e o Catecismo? Significa que grandes mudanças estão a caminho.

Nossos testemunhos de esperança promovem a paz de que o mundo precisa

Os cristãos sempre estiveram na vanguarda dos esforços para combater a escravidão e para impulsionar os direitos civis. As principais pioneiras no movimento em prol do voto feminino eram cristãs que começaram suas ações em encontros de oração. É verdade que muitos cristãos se opuseram a todas essas causas no começo, pois elas rompiam com estruturas culturais muito fortes, mas foram as verdadeiras convicções cristãs que motivaram as mudanças e as fizeram prosperar.

A Igreja Católica esteve envolvida no estabelecimento de padrões internacionais de direitos humanos, principalmente no século XX. Seguindo o trabalho do Papa Leão XIII, os católicos defenderam os direitos dos trabalhadores e estabeleceram práticas salariais justas em muitos países de cultura cristã. O pensamento católico sobre a guerra justa e sobre o digno tratamento das vítimas moldou as Convenções de Genebra, sob a promoção de Bento XV, o “Papa da paz”, e com o reiterado apoio de todos os Papas desde então. A teologia católica, aplicada, entre tantos outros, pelo tomista Jacques Maritain, ajudou a moldar a Declaração dos Direitos Humanos de 1948.

Eu aplaudo o que disse Jody Bottum no The Weekly Standard: Margaret Thatcher, Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev, em última análise, merecem menos créditos pelo fim do comunismo soviético do que os três pastorinhos de Fátima, que mobilizaram católicos no mundo inteiro para rejeitarem o comunismo soviético ateu e rezarem diariamente pela sua queda.

Nas décadas que se seguiram, São João Paulo II foi uma voz incansável contra a guerra: “Enquanto eu respirar, gritarei pela paz em nome de Deus!”. O Papa Francisco tem reforçado esse clamor, inclusive em atos abertamente voltados a esse objetivo, como a comovente vigília pela paz em 2013 e os recentes e repetidos apelos pela paz na Ucrânia e em todo o mundo.

Nossos testemunhos de amor fornecem a inspiração de que o mundo precisa

A Santa Madre Teresa de Calcutá se tornou um ícone do serviço cristão aos pobres no século XX. O bispo dom Barron afirmou que, se pudesse levar as pessoas com perguntas sobre a fé a qualquer lugar do mundo, as levaria a Calcutá e lhes mostraria as freiras da Madre Teresa trabalhando. "Eu as levaria até lá e diria: 'Olha, não vou lhe dizer o que pensar ou como se comportar. Basta olhar para elas'". Isso, provavelmente, seria suficiente.

Mas a Madre Teresa é o ícone de uma realidade mais ampla: a Igreja Católica é reconhecida como a maior organização de caridade do mundo. Eu repito o que foi dito em 2018 por Nikki Haley, ex-governadora metodista da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas:

“Estive em alguns lugares realmente sombrios, onde o sofrimento seria difícil de imaginar para a maioria dos americanos. Na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, as pessoas caminham três horas em cada sentido para conseguir uma refeição. Quem está dando aquela refeição? A Igreja Católica. Em campos de refugiados na África Central, meninos são sequestrados para o serviço militar e meninas são sequestradas para o tráfico humano. Quem está na vanguarda da mudança dessa cultura de corrupção e violência? A Igreja Católica".

A Igreja faz “milagres diários”, corroborou ela, “ajudando milhões de pessoas desesperadas”.

Não pense na Igreja como uma organização moribunda. Pense nela como o futuro do mundo.

A Igreja está levando fé, esperança e amor a milhões — e Jesus convida cada um de nós a se juntar a esse esforço.

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